20060520
De!
Mania de chegar
Com esses olhos de noite escura
E desses lábios estrelados
Saem beijos, dos amargos.
Mania de pensar
Com essa mente escurecida
Voz de raio trovador
De quem não tem mais saída
Mania de querer
Espremer todo o sumo da vida
Todo o néctar de uma flor
Todo o sentido da escrita
Mania de esquecer…
20060516
Aviso
Eu bem te disse
Para não te apaixonares
Bem te avisei
A deixar tudo no passado
Falei contigo
Trocamos ideias
Avisei-te do perigo
Que era
Sofrer por sofrer
Ao menos que valha a pena
A vida é tão pequena
Aguenta sozinho
Eu não quero fazer parte de ti
Quem te mandou ter vontade própria
Eu bem te disse
Que era melhor assim
Saiu-te ao contrário a vitória
Bem te disse
Que não valia a pena mexer
Na terra que já tinha tapado a dor
Bem te avisei
A deixares-me ser como sou
Escondido atrás do escudo da memória
Sofri sem ter culpa
Tens vontade própria
Quem dera poder
Arrancar-te do meu peito
Bem te disse
Foi inútil tentar outra vez
Tu vês o mundo
Como ele não te vê
Dás ouvidos às sombras
Que te falam e se escondem
Que te gozam
Quando não estás a ver
Outra vez?
Se te prender os braços… coragem
Talvez consigas ganhar vantagem
Quero saber
Que planos tens para mim
Se conheces de forma transparente
O mago que existe em mim
Se caminhos cobertos de folhagem
Me desaparecem debaixo dos pés…
Eu preciso ter coragem
Para começar de novo
Confiar um pouco
Quando mais alguém me aparecer
Com filosofias da idade da roda
Com argumentos fora de moda
Parecidos com os teus
Eu preciso ter coragem
Para me deixar levar outra vez
Para me deixar enganar outra vez
Talvez consigas ganhar vantagem
Quero saber
Que planos tens para mim
Se conheces de forma transparente
O mago que existe em mim
Se caminhos cobertos de folhagem
Me desaparecem debaixo dos pés…
Eu preciso ter coragem
Para começar de novo
Confiar um pouco
Quando mais alguém me aparecer
Com filosofias da idade da roda
Com argumentos fora de moda
Parecidos com os teus
Eu preciso ter coragem
Para me deixar levar outra vez
Para me deixar enganar outra vez
20060509
Posso ser teu?
“-Sabes como se sentem os pássaros, quando chove e não podem voar ou cantar livremente? -Vêm-se obrigados a ficar nos ramos das árvores. - As vezes sinto-me assim e embora sabendo que posso voar e cantar quando a chuva parar... isso não me faz ficar melhor.”
Mas aí no meio de tudo apareces tu...enquanto eu tento lutar contra a chuva, tu abrigas-me, secas-me as penas, proteges-me, alimentas-me...Depois vejo a janela e posso por lá fugir…mas não quero. Então, vejo na tua casa a porta aberta de uma gaiola.
“- Já tiveste outros pássaros antes de mim? Fugiram?”
Tu baixas o olhar…
Eu dou um voo baixinho e entro na gaiola, é agradável...quero ficar aqui para sempre. Ao canto vejo uma placa no chão, viro-a e vejo o nome da tua gaiola. Chama-se “Coração”
“-Posso ser o teu pássaro?”
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