Guardavas no bolso a escuridão da noite.
Em cada botão que abrias, o sol espreitava por todos os raios,
não podias ver o negro, que lhe mandavas uma puxada de sol em contra-mão.
E ele ia e estacionava fora da visão com medo de ser multado.
À tarde, recolhias tudo dentro dos botões e ias para outra estrada.
Eu ia dormir e ficava ocupado ao contrário, na livre dependência de que te sofro. E sorrio.
Porque amanhã o sol voltará a sair dos mesmos botões.
*fotos by Susana Camões; Amanda Com; AmrDiogo; Nuno Manuel Baptista