20060928

Poema Sem Nome (...se pode haver uma guerra sem motivo, também haverá poemas sem nome)


Fui espreitar
Não, já não era neve o que caía,
o azul celeste do céu já não se via.
Em seu lugar, o fumo negro tudo cobria.
Negro... como carvão...
Negro... o coração do Irmão!
O rebentar do canhoneio,
confundia-se ao longe com as canas,
que antes saíam lestas, das mãos do fogueteiro

Fui espreitar,
mas logo me escondi.
O zunir de uma
bala passou bem perto de mim.
Preferia mil vezes ouvir o trinar de uma guitarra.
Trinar gentil, sagaz...
Trinar de Harmonia e Paz!
Não precisamos de mais heróis,
Precisamos de
Respeito por nós e pelos outros
e que cada um, seja o herói de si próprio.

Fui espreitar,
apenas e só uma última vez.
Como é que o
Homem pode fazer o que fez?
A Paz não se ensina... sente-se!
A Paz não se pede... impõe-se!
Porque tanta maldade incutida,
que não nos deixa ver
Paz; como uma forma de Vida.


Às vezes precisamos de nos esforçar para ver algumas coisas!
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