20081020

repost...

Autor: glover barreto

Eu não sou "o tal" ou "o ideal" para ninguém
Fui feito para andar sozinho sem ideais e sem lei
Não busco compreensão nem as desordens sociais
Sou um traidor do destino em termos oficiais


Autor: ABrito

Tenho um criativo melodramático, em cada dedo indicador,
busco a eternidade nas receitas de um doutor
Nas caves do meu tormento afundo os medos que devolvo,
ao sítio de onde vieram em busca de outro consolo

E no desespero sadio, de me encontrar como estou
tropeço no desafio de ser igual ao que sou;

No mapa que rege o tempo sou o ponteiro maior,

magnetizado pelo espaço no minuto interior.


A fórmula química da força na equação do sentir,

Dá um agnóstico confesso idolatrado no sorrir

Autor: Nuno Belo

Na busca incessante no círculo para conquistar a Glória,
sou um infiel desmedido na cama de cada Vitória


E no caminhar sombrio de me pedirem o que dou,
aconselho o desafio de serem igual ao que sou

20071223

Logo ali...mais um Natal



a mesma indecisão




DAS LUZES
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Fundo-mE

20071208

Depois de tantos encontros marcados,desmarcados, adiados e alterados.
Encontrei-te no acaso de sentir tua uma madeixa,
que vi passar ao longe.
Tinha comigo outros encontros que não marquei,
mas que refilaram quando os abandonei,
precisava de te ver.
E vi,
eu regressava do café esgotado e
tu do teu mundo.
Esperei o abraço habitual que não me deste e
a notar essa ausência dei-te um cenário de sorriso
que inventei no momento.
Disseste qualquer coisa,que não percebi,
mas que te levou para longe de mim, à minha frente.
Há tanto tempo te desejava que me esqueci de dizer.

Não sei se foi por estar tanta gente no largo
que não me acolheste com o teu chá fervente,
vou crer que sim.

Por aqui continuam dois braços que andam sempre comigo,
não para te prender,não quero isso,
os meus braços nunca fariam serventia do teu corpo preso.
São apenas dois braços e
são dois para que tenhas hipótese de escolha.


fotos: carla salgueiro; carlos pereira; n...o in olhares.com

20071203


Ainda não ganho para comprar inspiração.
Aspiro-a das pessoas. É de borla.
Embora algumas tentem elevar o seu preço.
É o vício de mostrar o que não somos.
Entramos na roda viva do círculo vicioso.


Viciamo-nos sem dar conta e como queremos
ter o controlo de tudo e saber tudo,
fazemos curas de "desviciação" para nos voltarmos
de novo a viciar no mesmo.
...mas conscientemente, controlando e sabendo tudo.
mas viciando-se.
Na roda viva do círculo vicioso.

Inspiro-me aí e chega.



Vício

(do latim "vitium", que significa "falha ou defeito")

é uma tendência habitual para certo mal, sendo oposto à virtude.

20071121




Era memória minha de me arrastar de reflexos
passando nos intervalos meus sobre os seixos
indo de bicicleta pelos caminhos
mergulhando desde a areia dos meninos
e voltava à tona respirar
pôr mais na memória para lembrar
mexer-me muito fugir para o monte
e voltar a fugir entre o horizonte

pegava no Outono pelas pétalas dos dedos
que caiam seguidas mexendo nos medos
Lá fora o Inverno à espera para entrar
e contar as histórias que tinha ido buscar
e eu hibernava




Lembro-me de antes viver e andar como se tudo o mais não existisse.
Sim,porque podemos viver sem andar e andar sem viver.
Mas eu vivia e andava como se eu fosse o mais importante.E era.E sou.
Antes de me exigirem que pensasse nas outras e nos outros, pessoas que me atravessaram na frente.Eu era só meu.
A minha bicicleta sabia de cor os caminhos marcados pela erva que escondia as pedras, onde eu encalhava.
Havia estrada de um lado e do lado do outro lado, ao meio erva alta, que escondia pedras.
Já tinha dito que havia erva, mas não disse que era alta e isso faz das pedras escondidas, enormes pedras escondidas onde eu encalhava.
E caía.
E levantava-me.
Re-levantava-me outras vezes...re-...-me...re-...-me
...não gemia. L E V A N T A V A - M E




20071111


Hoje preciso adormecer no meu espaço secreto.
Podes entrar...
não me importo que te tragas na tua presença
e horizontalizes o corpo a meu lado.

Se for isso que tenhas objectivado.

A companhia,
não me dificultará a percepção da lembrança
dos fragmentos que me passam pela mente e me deixam mergulhado.
Contigo a meu lado, sem interferência nas letras das musicas,
melodias de verão, flores de primavera e amores na canção.

Continuas do meu e eu do outro lado de ti,
no verso que me gravou o poeta fingidor,
que me
fragmentou a vida,
para, eu, não a viver toda de uma vez.


Fica aí, imortaliza-te em mim
e quando eu tiver inteiro
abraça-me!






fotos: Inês Sacadura -::{No©as}::- ; Nuno Manuel Baptista

20071030



Guardavas no bolso a escuridão da noite.
Em cada botão que abrias, o sol espreitava por todos os raios,
não podias ver o negro, que lhe mandavas uma puxada de sol em contra-mão.

E ele ia e estacionava fora da visão com medo de ser multado.

À tarde, recolhias tudo dentro dos botões e ias para outra estrada.
Eu ia dormir e ficava ocupado ao contrário, na livre dependência de que te sofro. E sorrio.

Porque amanhã o sol voltará a sair dos mesmos botões.

*fotos by Susana Camões; Amanda Com; AmrDiogo; Nuno Manuel Baptista

Repost: Mudança de hora

Alguém se lembra disto aqui