20061229

Há alturas em que pensamos que estamos sozinhos no mundo.Que o que nos está a acontecer só nos acontece a nós.Egoístas que somos...já todos passamos pelo mesmo,somos todos da mesma raça...para o bem e para o mal.

(...)


Não pode haver medo de falar de algo que soe a nuvens a encher de àgua

ou a sol acabado de aquecer,talvez de um mar a vazar para cima do céu
ou a lua acabada de acender todas as estrelas.


Tudo pode ser o que quisermos..quem comanda os nossos sonhos somos nós.



E quem disser que não é assim, tem inveja de não ter coragem para sonhar.



Eu sonho e tu?



Não leias...sonha e sente!




Este foi o primeiro menú desta taskinha. Já passou 1 ano. A 27 Dezembro a taskinha abriu. Os festejos foram longos e duraram até de madrugada, tudo o que se espera de uma festa de arromba...existiu.


Vocês, clientes habituais marcaram presença. Não deram por isso?? No problemo...



Bom 2007 - para mim vai ser o ano da Glória

20061226

Copyright J.Grilo

Há ali algo?
consegues ver?
Repara na forma aveludada
que a luz, que passa pela cortina,
deixa transparecer.
Aquele contorno inconfundível,
de um corpo de mulher.
Repara no tom dourado
da camuflagem, que protege
o que está dentro,
daquele corpo de mulher.

será que posso tocar?
consegues responder?
Repara como se mexe
e como o tal tom dourado,
se transforma em sombras.
Esse sombreado, deixa-me
a imaginar, o que eu não consigo ver.
O que não consigo ver, mas sei onde procurar
Naquele corpo de mulher.

Vai se levantar...
Tapou a luz...
Só vejo a silhueta escura...
Esconde-te...rááápido!

Já passou...
Lá vai ela...

Será que nos viu?
Consegues-me acordar?

20061222

Conto de Natal

Era um largo, igual a tantos outros que existem em todas as aldeias de Portugal.
Sempre gostei das nossas aldeias, é sempre tudo tão prático e natural.
Tudo o que precisamos, seja o que for, é só preciso ir ao largo habitado pela imponência da Igreja e do seu padroeiro, temos também o Café Central e a mercearia da ti’Amélia, que funciona como banca de jornais, como posto de correios e como gerência das pensões dos reformados que lhes pagam as contas ao fim do mês. Há também, a barbearia do ti’Alfredo e o sapateiro mestre António. Não podemos esquecer o Sr. José ou “Sô Zé”, dono do táxi, que leva as pessoas à estação dos comboios ou à paragem do autocarro sempre que é preciso ir às “modernices” da cidade.
(...)


É esta a rusticidade da aldeia presente, em todo o lado. É esta a razão de haver na aldeia um largo, um círculo fechado que não tem princípio nem fim, onde as conversas sobre os males do corpo, o governo e o tempo que faz começam e acabam, onde tudo e todos são tão diferentes e tão iguais na luta pelo mesmo objectivo: acordar e adormecer, com a esperança de viver cada dia como se fosse o ultimo, preocupando-se em deixar tudo pronto para o dia seguinte.

É no largo da Igreja que, ao pôr-do-sol, tudo termina, numa mistura de barulhos de vozes com motores de tractor, de cheiro de corpos suados com rostos sujos e cansados. É no largo da Igreja que as cabeças cobertas por lenços negros e por boinas aos quadradinhos cinzentos e negros, se arrastam em direcção a casa, numa procissão de vultos divididos em pequenos grupos. Uns vão tratar dos animais, outros preparar o jantar e encher o termo do almoço, porque depois de um dia de trabalho por conta de outro, é preciso tratar do que é de cada um. Amanhã, o largo vai encher-se outra vez, bem cedo, de gente ansiosa por começar tudo de novo de forma igual, num dia diferente


24/01/2004

Este texto está quase de parabens. Mas não é por isso que decidi partilhá-lho. O conjunto de textos, ao qual, este espécime pertence marcou uma fase eu que eu escrevia para um jornal regional, dava os primeiros passos na escrita e terminava o secundario.

Não é um conto de Natal tradicional...mas para mim é mais do que isso. É o caminho que, ainda hoje, se faz na minha aldeia e que eu nunca me importo de observar.


A TODOS OS CLIENTES DO TASKINHA, QUE NÃO SE CANSAM DE VIR BEBER UM COPO DE PALAVRAS E PETISCAR UNS SENTIMENTOS, O MEU VOTO DE:


FELIZ NATAL E UM GRANDE 2007

20061221




Eu até fico feliz que se lembrem de mim.É sempre bom receber uma mensagem de um amigo.
Os votos são sempre iguais...ano após anos.
Uns mandam em cadeia,outros aproveitam as piadas da publicidade um ou outro personaliza os desejos de boas festas.

Só uma coisa me deixa revoltado...


Épah... se só me desejam Feliz Natal e Bom Ano de 2007 porque as sms são de borla....fico lixado.Não digam nada...não desejem o que não sentem.Só aceito sms de pessoas que me dão valor, ao ponto de dar algo deles (neste caso 0.05/0,10€). É que ainda têm o descaramento de o dizer na sms que desejam tudo de bom...enquanto é de borla. Não há pachorra...

20061219



Tu és assim;
Nem meias palavras.
Nem meias condições.
Quando te queixas
…cravaram-te fundo.
Quando erras
…é por quilómetros.

Mas, tu também és assim.
Falas ritmos do Brasil e
respiras aromas d’Oriente

Quando elogias
…é porque mereço.
Quando me renegas
…é porque mereço.

Sei sempre com o que contar
Posso-te dar um presente
de folhas de laranjeira
e nascer do Sol de Outono?
E um beijo salgado de mar
Com um abraço de néctares silvestres?

Tu és assim;
Nem meias vantagens.
Nem meias opiniões.
Quando te queixas
…ouve-te o Mundo.
Quando erras
…ouço-te mudo.

Mas, tu também és assim.
Teces as mais finas sedas
E misturas raras especiarias.

E eu gosto.
Porque sei o que esperar.
Porque sei o que ouvir.
Porque sei o que pensar.
Porque sei o que sentir.
Porque sei dizer-te sem falar.


*imagem in www.olhares.com galeria "Nus" JPSousa

20061216


Ha´ um ano postei assim:

Hoje não quero sair
Fica aqui comigo enterrados no sofá
Não quero sentir o frio das pessoas
Tenho bolinhos e chá

Não me apetece ver enfeites
No lugar dos sentimentos
Fica comigo hoje aqui
E traz mais mantimentos

As luzes hoje fazem-me confusão
Sempre na indecisão: brilhar ou esconder
Como os lábios das pessoas
Que sorriem sem entender

Hoje não quero sair
Fica aqui comigo até a noite chegar
Está frio lá fora cheira a hipocrisia
Será que o espírito de Natal faz congelar?

Este ano vai assado:

E´ natal.
E…?
Há natal todos os anos
E´ sempre as mesmas coisa
Pessoas que nunca me falam
passam como por magia
a desejar-me um santo e feliz dia.
Quero lá saber disso.
Prefiro que me digam o que realmente sentem
E não só por ficar bem nesta altura.

O natal e´ no fim do ano…e porque?
Para não haver hipocrisia e todos se lembrarem
O que andaram a fazer durante o ano.
E porque e´ que põem luzinhas?
Para iluminar nas cabecinhas o que realmente importa.
E porque põem cor, fitas e enfeites?
Para se enfeitar e esconder o que de mal foi feito.

Viva o natal
Vivam as pessoas
Viva o comercio
ai ai…pobre Menino
desde o Nascimento que isto vai mal
sempre nas palhas estendido ou nelas deitado
digam lá se e´ normal?

20061214

Ouvi que vinham relâmpagos e trovões
e muito vento e furacões.
Que os centros de baixa pressão,
se iam juntar (e não era em vão);
Para provocar medo no cortiço,
desilusão, dor e rebuliço

Pensei que falavam do Tempo;
Mas enganei-me outra vez…
Tudo isto era cá dentro
No coração e nos:
- Talvez…

20061211

Aborto

Como eu tenho algumas duvidas e temos mesmo de votar aqui fica aqui um:
Decreto Lei
(complementar com a consulta da Lei n.º 6/84, de 11 de Maio, relativa à Exclusão da ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária da gravidez, que foi entretanto alterada pela Lei nº 90/97 de 30 de Julho.)

Artigo 142.º
Interrupção da gravidez não punível

1 - Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez;
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, comprovadas ecograficamente ou por outro meio adequado de acordo com as leges artis, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
d) A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas.

2 - A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.

3 - O consentimento é prestado:
a) Em documento assinado pela mulher grávida ou a seu rogo e, sempre que possível, com a antecedência mínima de 3 dias relativamente à data da intervenção; ou
b) No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou psiquicamente incapaz, respectiva e sucessivamente, conforme os casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral.

4 - Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior e a efectivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos.

*"roubado" a pedido daqui http://kapav.blogspot.com/ - Salto Angel

20061206

A TASKINHA tem a mesa posta...hoje ha´ festa...entrem, sentem-se, sirvam-se e...SINTAM PALAVRAS

Sushi_by_Morwen_Cobain



Hoje aconteceram 1000 visitas.

Podia festejar…mas não festejei na 1ª visita…nem na 10ª…a 50ª também merecia qualquer coisa…

Enfim, a vocês o meu MUITO OBRIGADO…gabo-vos a paciência!
Pensei em vos agradecer personalizadamente, mas há pessoas que visitam e não comentam e eu não quero ser injusto com os clientes da minha taskinha.

Eu sou um gajo humilde…mas vocês mimam-me tanto, que eu por vezes chego a ver os meus posts como tendo alguma qualidade. Não sei porque e´ que vocês me fazem isto…porquê, hein?

Por vezes, muitos comentários tentam adivinhar o meu estado de espírito ao escrever certo post…mas a “coisa” não funciona dessa maneira. O tema do poema/texto/whatever, nada tem a ver com o meu estado no momento. A coisa funciona da seguinte maneira. Vejo, leio, lembro-me de uma frase que me fica na cabeça, a partir dai, lá se compõem tudo. Quando escrevo encarno personagens.

Aos que agradecem as palavras e a companhia eu respondo. Eu não sou assim, bom, como vocês me pintam…acho que eu ser assim, resulta do facto, de eu saber bem os meus defeitos e contar, também, com eles para “equilibrar a balança”.

A vocês os melhores clientes do Universo e arredores…
(sim, porque muito há para descobrir, ou pensam que num Espaço tão grande só cá andamos nos…sejamos humildes)

OBRIGADO


O meu deitado do lado esquerdo do teu
O teu corpo de lado do direito do meu

O suor que escorre sabe a sal
Os meus lábios provam esse sal…

Como pode um só Ser…saber tão bem e tão mal?

Uma só Sedução e Pecado
Um só Predador e Caçado

O meu deitado do lado debaixo do teu
O teu corpo de lado em cima do meu

Sente, toca e ferve
Arranha, morde e pede

O recomeço do inicio inaugurado
Outra volta de gemidos valsejados
Outro uivo…
Outro rebate…


A mesma guerra
Outro combate

20061205

©2004-2006 ~plusone

Passas suavemente
Pelas costas…dedos.
O corpo reage ao toque quente.
Um sentir dormente;
Sobes e desces as encostas.
Peculiar!?
Privativo!?
Avassalador e
Dominador

O led vermelho acende

Rápido e
Ligeiro

Sente mais forte
Revive

Não mudes de canal
…e memoriza!

20061203

Adiantamento

Henri Matisse - Nature Morte



...pois, o que e´ a Morte?

E´ uma ________*... para quem
se cansou de pensar!?


Em ultimo pensamento ficou:

"Vou-me adiantar!
...e espero lá por vocês."





* pensei em refugio, fuga...faltou-me a palavra certa

20061201



Sabes que é dor,
Mas não sabes se a dor que sentes
É a mesma que ocultas e que mentes.
A dor que tu gostas de ter,
Que mexes, elevas e destróis?
Mas sabes que é dor!

Sabes porque te dói.
Será que a dor mutável
Que tu sentes, é a dor
Que entredentes, te diz
Comédias em vez de terror?
É a dor que chega,
Traiçoeira, rebelde e vingativa.
E essa dói muito.
Porque dói até se fartar,
Ou porque tem o poder de doer,
Ou porque dói até não mais poder.
Sabes que é dor,
Não sabes, se é a dor
Que queres sentir
Ou se a sentes sem querer,
Mas sabes que é dor!

20061128

Vício

Então vais partir?
Onde o tempo já foi tempo
e onde o tempo corre

Onde o tempo pede ao tempo:
-Por favor não olhe

Então vais sentir?
Onde o vicio pede à calma
e a ideia ocorre

Onde vicio pede à alma:
-Por favor não morre

E então vais ouvir?
O que o vício pede ao tempo
enquanto a alma morre

E vais sentir?
Que a calma pede tempo.

Por favor vício, não olhe.



…ainda a ouvi dizer:

- Gosto muito de ti! Acho ate´ que te amo… mesmo!

Nem sei com que cara fiquei…nem sei se tinha expressão...

Aquelas palavras soaram-me a nada…parecia um daqueles slogans das promoções de pague 5 e leve 6. No fundo, sabemos que o produto aumentou duas semanas antes da promoção. Mas aceitamos ser enganados na mesma. Acreditamos que e´ verdade, mesmo não sendo.

Há palavras, que passamos a vida a desejar ouvir e depois parecem tão banais. As mesmas palavras, com o mesmo conteúdo, mas tão ocas na forma de dizer…na força que nao transmitem…

Nem dei por acontecer, mas agora falo de sentimentos de forma tão vulgar, que ate´ me assusto.


Eu não era assim…costumava ser sincero.

-...e agora não és?
Então, quando dizes que gostas muito de mim e tens saudades?... o que dizes é banal,é por hábito?
Não acredito nisso...

Isto é apenas um texto, certo?
...com o je ne sais quoi de real?!


-Estas a falar de mim?... ou de quem escreveu o texto?

... pois era isso que queria ouvir
obrigada!

20061126


Desculpa se te fiz chorar.
Sem pedir a ninguém se o podia fazer.
Sem pensar no que alguém podia dizer.
Sem pensar…
Desculpa se me apaixonei,
sem querer analisar o facto de gostares ,de mim também

Desculpa se faço de ti
a luz que me ilumina a noite escura,
o machado de ferro
que trinca a carne do meu coração

Desculpa se quero que sejas
o farol que me guia
no mar de sentidos
perdidos, num oceano de prazer

Desculpa se escrevo para ti,
as canções de amor mais fúteis, da história da música.
Mas não fui eu que te escolhi...

...foste tu que me procuraste
e que estavas louca por mim.
Tu é que vieste com conversas
que me soam ao ouvido, como pura mentira;
Foste tu que soltaste as amarras
que mantinham calmo o meu coração,
mas mesmo assim;

Peço desculpa se te fiz chorar.
Sem contar a Deus o que ia fazer;
Sem pensar o que um cão vadio iria dizer;
Sem pensar…
Desculpa se me apaixonei,
Mesmo sabendo que nunca ouves, quando digo que te amo.
Nunca ouves quando digo que te amo.

20061121




Vou-me procurando;
e achando um pouco, em algo de mim,
em cada sonho que adormeço;
em cada acordar que levanto.

Debaixo de cada pedra;
encontro um chão molhado,
e uma minhoca da terra
e um bicho de contas, sem contar

Vou-me procurando;
e achando um pouco, em algo de mim,
e mesmo assim sempre que olho
ainda falta tanto, do meu caminho

20061120


Tenho uma dor.

Não que me a tivessem dado.

Apareceu aqui...

E acho que e´ mesmo minha,
porque me dói, como se tal fosse.
(...)

20061119


No portão da casa onde me esperas
Rodeada de folhas secas e algumas eras.
Pedaços deste Outono onde adormeço,
onde sorrio contigo e te conheço.

Olha para aqui, com um sorriso
E´ esse o sentir, que eu preciso.
Para me levantar e correr…
me deixar levar e vencer!

Pensar descobrir alguém no além – mar.
Distante da pátria mãe ou noutro lugar…
Afinal, o portão onde me esperas,
e´ mesmo ao virar da esquina das quimeras.

Entender?...que será isso
viver isso sim.
acordar no inverno
com o bafo animal
deitado no feno;
depois sorrir,
olhar,abrir
e voltar a pedir.
O beijo, o abraço,
a força, o cansaço.

Entender?!...para quê
a flor não entende a abelha
a corda não entende a guitarra
o mar sempre bate na areia
a formiga detesta a cigarra
...viver isso sim!


PS- Para alguns clientes habituais, este copo de palavras sera´ familiar.

Oasis with Coldplay - Live Forever

Coldplay & Oasis - Live Forever (Acoustic)


Oasis - Live Forever

Maybe I don't really wanna know
How your garden grows
Cos I just want to fly
Lately, did you ever feel the pain
Of the morning rain
As it soaks you to the bone

Maybe I just want to fly
I want to live I don't want to die
Maybe I just want to breath
Maybe I just don't believe
Maybe you're the same as me
We see things they'll never see
You and I are gonna live forever

Maybe I don't really wanna know
How your garden grows
Cos I just want to fly
Lately, did you ever feel the pain
Of the morning rain
As it soaks you to the bone

Maybe I will never be
All the things that I want to be
But now is not the time to cry
Now's the time to find out why
I think you're the same as me
We see things they'll never see
You and I are gonna live forever
We're gonna live forever
Gonna live forever
Live forever
Forever


Este e´ um post diferente do habitual...mas como o dono da taskinha sou eu, e eu gosto desta musica aqui vai ela.

ENJOY

20061113


aviso: Vou-te deixar este espaço,vazio de nada.
conselho: Aproveita-o como quiseres.

- Principi(ci)o












duvida: Achas que chega?

ajuda: Imagina o que eu te poderia dizer,
depois disto.E daquilo.
ajuda: Escreve tu, o que quiseres ler de mim!

... - fi(l)m

20061110

desvarios molhados em catadupa...upa....upa


A culpa das cheias e dos terroristas.

Não entendem??... e´ tão claro como agua. Eu to isolado neste meu cantinho com agua de um lado, por trás, ao meio e do outro. A culpa e do terrorismo e dos EUA.
Com as novas regras de segurança nos aeroportos, e principalmente aquela, de não se poder levar líquidos no avião…excepto em determinadas condições. Fez com que meio mundo que viaja de avião e outro meio que vai viajar de avião, se apressassem a despejar as garrafinha, potes, boiões, frascos, algalias, pechinches e que tais. Isso levou ao aumento do nível das águas, que fez com que os rios carregassem as barragens ao limite e que eu aqui esteja. Entre as aguas do Tejo e dos filhos Alviela e Almonda. E bom para a agricultura, leva os ratos e a bicharada toda daqui para fora. Mas, então e eu? Não tenho terras e ate gosto de bichos…principalmente daqueles com…hein?... não ouço?? …não se pode dizer….só ia a dizer bichos com…PUMBA PIMBA CATRAPIMBA …pronto ok…eu deixo a cheia levar tudo. A culpa e dos EUA e dos terroritas… por o Bush e o Bin Laden, (raio do homem também, cada cabeça escreve o nome dele como lhe apetece) dentro de um saco e CATRAPUZ pela cheia fora… chiça penico.

Podia-me ter dado para pior…ate que nem e´ um ma´ teoria!
PS - Foto do Mont Saint-Michel...onde se passam uns dias engraçados...quer dizer, giros...ate la´ ha´ pouca coisa interessante...a paisagem vale a pena...bem...vao la e descubram porque eu ja´ la´ fui :)

20061107

Não me apetece escrever.
Vou pousar a caneta em cima do papel e deixa-los conversar.
Entendam-se.
Hoje não contem comigo.
Não estou para ninguém.

Consigo ouvi-los, em amena cavaqueira e a olhar-me de esguelha.
Se calhar devia tê-los separado…
…posto a tampa no bico dela,
ateado o escuro e extinto a luz.

A minha nenhuma vontade de escrever,
deu lugar a uma revolta,
a uma revolução, um motim?

O que uma não vontade pode fazer, já viste?

Tenho de fazer alguma coisa.
Não posso ficar calado.
Eu sou assim.
Quando me dói, queixo-me e respondo de volta.

Vou-lhes dizer as coisas pela frente e sair por cima.
Eu cá, não sou de comer e calar, em matéria de provocações.

Eles pensam que são alguma coisa, sem as minhas indicações?
Não se vão ficar a rir…

Afinal vou escrever…não porque me apeteça,
mas só para mostrar quem manda, afinal.

Vou castigar o papel e a caneta... vou-lhes fazer mal.

Vou escrever em Braille…só para começar!

20061103


Hoje e´ noite do tempo voltar atrás.
Uma vez por ano acontece isso. E e´ sempre no Outono.E´ como se as arvores quisessem que as folhas voltassem a ser verdes e que eu desejasse voltar para o Verão.

Dizemos tantas vezes: “-Era tão bom que o tempo voltasse atrás…” – e como e´ desejado com muita força, isso acontece.

Olhei para o relógio e era 1h20 , passado um tempo olhei para o relógio e era 1h20, la´ vem a sensaçao de deja vu, o tal francês que nao deixa ninguem descansado.
Tantas vezes a desejar que o tempo volte atrás e quando finalmente volta eu fico impávido e serenamente sentado…na única vez em que, anualmente, o tempo volta atrás eu não aproveitei. So agora constatei isso…e já e´ tarde demais.

Já tirei a guitarra de cima da cama e já a encostei, aconchegada, ao companheirismo do baixo. Arrumei a mochila, os papeis e deitei-me…

...para o ano o tempo voltara 1h para trás numa repetiçao de tempo e ai eu estarei preparado.

Prometo.



Post S - Este texto foi escrito na noite em que o relogio atrasou uma hora

20061030

  • De silabas de letras de fonemas
  • se faz a escrita.Não se faz um verso.
  • Tem de correr no corpo dos poemas
  • o sangue das artérias do universo.
  • Cada palavra há-de ser um grito.
  • Um murmúrio um gemido uma erecção
  • que transporte do humano ao infinito
  • a dor o fogo a flor a vibração.
  • A poesia é de mel ou de cicuta?
  • Quando um poeta se interroga e escuta
  • ouve ternura luta espanto ou espasmo?
  • Ouve como quiser seja o que for
  • fazer poemas é escrever amor
  • a poesia o que tem de ser é orgasmo.
  • Ary dos Santos

20061029



Há dias, em que diariamente se amanhece assim,
Acasos de raridades raras e afins,
Em que entramos nos portões e passamos por porteiros,
Caminhamos por caminhos e gastamos dinheiros.

Acompanhados pelas companhias de guitarras
E pelas violas violadas, (pelos dedos) dedilhadas.
Cantamos canções cantadas e cansadas,
Bebemos bebidas de frutas esmagadas.

Somos felizes na felicidade de o ser,
Abraçamos abraços… de quem abraçar quiser.
Escrevemos escritos com penas de mulher
E rimos de sorrisos, que se amam sem saber.

20061024



Era o pintor, chegava a qualquer hora, porque para ele não importa o tempo, a causa dele chama-se inspiração e essa, não tem relógio – pelo menos que tenha horas certas.
Lá vai ele, rua abaixo, rua acima, uma flor aqui, uma varanda acolá, mais uma `arvore carregada de Outono… e o gato. Todos os quadros precisam de um gato na sua preta pose de altivez. Segue a espalhar …
Era o pintor, que pintava o tudo e o nada, enchia o vazio de cheio, olhava os que o olhavam e voltava a olhar em repetições certas marcadas pelos olhos.
Para eles, ele era o pintor. Para o pintor, elas eram a solidão. As pessoas. A razão.

Era o pintor, que escrevia palavras que eram desfolhadas no rés-do-chão das livrarias, por pessoas sedentas de ler sentimentos. Porque os quadros dele eram poemas. Prosas. Anedotas.
E ele olhava os que se saciavam e voltava a olhar em repetições certas, timidamente, marcadas pelo sorriso.
Para ele, elas eram a vida. Para elas, ele era o seu mágico. O refugio. O sabor.


Vemos tantas coisas
(Mais valia sermos cegos)
Filosofias baratas,
Que aumentam os nossos egos .
Nuvens de problemas,
Que tapam os céus abertos.
Ate vamos por caminhos
Que não sabemos se são certos


Deixa-me ficar aqui
Serve-me outro café e deixa-me ficar
Não me mandes embora
Senão parto sem destino...pela vida fora

20061023



Os mundos
Que se escondem em ti
Vagabundos
Que tu não deixas nunca partir
Sair do labirinto
Escapar às emboscadas da razão
Sentir bater o vento
E andar na corda bamba da solidão

Só tu sabes o que ainda te seduz
Só tu sentes o que poderá ser
Que te rasga, que te acende
E desata o nó
Para te deixar correr
Para te deixar correr

Mafalda Veiga in “Só tu sabes”

20061021


...posso?
...deixas-me?
...e´ só pousar a cabeça no teu coração,
enrolar os olhos na tua pele e
deixar a mão nos teus cabelos...
...e os lábios, posso manda´-los
encontrar os teus?

Obrigado!

20061018


Hoje posso ser
tudo o que quiseres
que seja;
tudo o que sonhares
que seja;
tudo o que pedires
que seja;

Só te peço uma coisa:
Não me deixes muito tempo.
...e´ porque esta´ a chover
e posso enferrujar

Posso mudar para castanho,
transformar-me em rugas ou,
pior ainda, ficar sensível e
quebrar-me no sítio errado

Depois posso ser
tudo o que quiseres
que seja;
tudo o que sonhares
que seja;
tudo o que pedires
que seja;

...mas em pedaços

enquanto me queres, sonhas e pedes,
talvez eu ainda consiga ser
o que quiser.
Basta quebrar no sítio certo!

Mas entre o que sou e o que serei e
entre o que queres que seja

...tentarei ainda ser EU!!!

20061016

Nao tenho sabor,
ela entra toca-me,
enrola e enrola,
desce e faz-me bem.
Mas nao a sinto.

Engasga-me,
deixa-me sem ar;
e o ar sem palavras;
e as palavras mudas,
que mudam sem sabor.

Nao tenho saber e
so me sabe a nada,a po´ e
`aquele po´, cheio de nada

A nada sabe
e nem eu sei.

Nao tenho sabor
e nem quero saber;

20061015


Sombra

Ali esta´
Parada a olhar para ti
Censura no mínimo deslize
Acção ao menor movimento

Sem sequer entrar luz no olhar
Não precisa, sente-la ali
Enrolado no lençol
No bate e rebate do bater coração

Pulsação a diminuir
Abrir um olho, depois outro
Mexer uma perna e outra
Um braço e outro

Era sonho
Descontrais
Relaxas
Moves lábios e sorris
E quando abres os olhos

Ali esta´

20061013


hoje eu quero ser eu.
quero fazer,pedir,
mostrar, porque
hoje eu quero ser meu.

amanha
vou acordar,
com os exageros do costume;
vou continuar a queimar,
com a lenha fora do lume

vou amanhecer
doa a quem doer,
com a vontade que sera imposta
pela, incessante, sede de resposta

nunca vira´ o bem para todos
mesmo que fiquem com todos os louros
das cabalas que inventam e mandam
e que eu rejeito

porque podem disparar balas
sobre mim;
podem virar palavras
sobre mim;
...eu nao irei ripostar

mas serao va´rios os consentimentos
ao se sentarem sobre os assentos.
mas eu, mesmo nao disparando palavras
sei falar bem de sentimentos.

20061008

ADEUS

------------------------------------------------------------
"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo
menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio
e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.


Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo
em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo
em que os meus olhos;
eram realmente peixes verdes.
Hoje são
apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,

uns olhos como todos os outros.

gastámos as palavras.
Quando agora digo:
meu amor,
já não se passa
absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome

no silêncio do meu coração.

Não temos já nada
para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado
é inútil como um trapo.
E já te disse:
as palavras estão gastas.

Adeus. "
-----------------------------------------------------------
É isto que eu procuro nas pessoas...a genuidade de saber dizer as coisas por outras palavras.Podem ler este poema de Eugénio de Andrade de 3 (três) + 1 (uma) maneiras diferentes:
1- O poema completo sem ligar às cores
2- Apenas o VERDE da relva
3- Apenas o AZUL do céu
+
1- Como vos apeteça

20061006

TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte-
que é uma questão
de vida ou morte
- será arte?

Ferreira Gullar

Serve este poema para me dar a conhecer,assim como à foto que ilustra este blog.
... a encerrar um capitulo de vida?
... a partir de hoje serei um novo homem?
Nada disso.Não pensem coisas...
...apenas porque me apeteceu.

20061004

Revolução

Revolução
Para o bem da Nação
Censura, hipocrisia
Metem medo
Até arrepia

Salazar sem poder
Agora é que se vai ver
Que ela mordia, sempre que podia
Mete medo
Até arrepia

Cravo vermelho na mão
Ou na boca de um canhão
Com água a saltar, para não murchar
“- Comecem cedo!”
Já se ouvia

Revolução dos cravos
Da República em flor
Continua tudo pior

Ouviram-se tiros
Sem corpos a tombar
Quartel-general
Revolução a começar

Evolução
Para o bem da Nação
Já se pode dizer, (antes não se podia fazer)
Meteu medo?
Alegria

O poder derrubado
Não é preciso estar calado
A dar atenção aos que falam do pé para a mão
Mete medo
Algumas coisas que dizem
Até arrepia
É hipocrisia a mais

Revolução dos cravos
Da República a nascer
O que se pode prever?

20060928

Poema Sem Nome (...se pode haver uma guerra sem motivo, também haverá poemas sem nome)


Fui espreitar
Não, já não era neve o que caía,
o azul celeste do céu já não se via.
Em seu lugar, o fumo negro tudo cobria.
Negro... como carvão...
Negro... o coração do Irmão!
O rebentar do canhoneio,
confundia-se ao longe com as canas,
que antes saíam lestas, das mãos do fogueteiro

Fui espreitar,
mas logo me escondi.
O zunir de uma
bala passou bem perto de mim.
Preferia mil vezes ouvir o trinar de uma guitarra.
Trinar gentil, sagaz...
Trinar de Harmonia e Paz!
Não precisamos de mais heróis,
Precisamos de
Respeito por nós e pelos outros
e que cada um, seja o herói de si próprio.

Fui espreitar,
apenas e só uma última vez.
Como é que o
Homem pode fazer o que fez?
A Paz não se ensina... sente-se!
A Paz não se pede... impõe-se!
Porque tanta maldade incutida,
que não nos deixa ver
Paz; como uma forma de Vida.


Às vezes precisamos de nos esforçar para ver algumas coisas!
Para ler este poema é favor passar por cima com o botão esquerdo rato carregado :)

20060927

Mea Culpa


“Levei quinze anos a descobrir que não sabia escrever, mas depois já não podia parar - tinha ficado demasiado famoso.”

Robert Benchley

PS - ...para dizer que ainda estou vivo...

20060923

Para ti...

Vem ter comigo,
A porta está aberta à tua espera,
Entra e escolhe uma cadeira.
Quero conversar contigo!
Fala-me dos teus problemas
Dos amigos e conquistas
Imagino que haja grandes listas
Tu és um bom rapaz!
Deixas-me sentar perto de ti?
Conhecer o teu modo de pensar?
Há coisas que te quero confessar,
Antes que não possa mais.

Não tarda nada
Vais sair de casa dos teus pais,
Escrever os teus próprios manuais.
Sobreviver à tua custa!
Vais sentir como é vida
Nos seus truques, vale tudo
Vê o que esconde seu ar sisudo
Ela tem algo a ensinar!

Aprende depois.
A resolver tudo a sorrir
Assim ninguém te consegue atingir.
Aprende a falar e também a ouvir!
Aquele que fala mal
Pode pensar algo importante
Apesar de não ser tão bem falante
Tem sempre algo a dizer!

Não penses mal de mim.
Não quero saber os teus sítios secretos.
Não me contes os teus segredos.
Ficou tanto por dizer!
Acabou tão de repente.
A porta ficou fechada,
A cadeira arrumada.
E tu… será que continuas comigo!?

20060922





...a luz da cidade, entrava pela grande janela do quarto de hotel em Amesterdão.A chuva daquele Agosto não apagava o fogo dos dois corações, que resistiam à tentação de se enrolarem em lábios, em beijos de um sentimento tão profundo e especial. Para disfarçar os dois corpos jogavam cartas, mas apenas o naipe de copas brilhava no olhar - foi a última vez. Talvez um dia ela pergunte de novo: "- Ainda estás acordado? Posso ir ter contigo ao quarto?" - e ele responda: "- Vem..."

20060921

Antes



Antes o tempo não era tempo
O vento não tocava as coisas
O sol não aquecia as coisas
Eu não via as coisas…assim

Antes parecia que a estrada não era pisada
O mar não era atravessado por braços de sonhos
Os sonhos eram sonhados por quem não tinha sonhos
Eu não conseguia ver os meus sonhos…assim

Precisei que viesse alguém distante
Alguém que fosse bastante
Para mostrar
Precisei de alguém distante que viesse
Alguém que pudesse
Me ajudar

Antes a vida não era vida
Antes o mundo não era mundo
Antes havia o nada para mim e o tudo não

Agora tu és a minha vida
Encontrei no fundo do beco uma saída
Diziam para desistir de ti
Mas ignorei todos os conselhos
Eu não sou como esses aí
Desistem e morrem de velhos

Fazer planos dia-a-dia
Para te encontrar por acaso
No mesmo sítio onde ias
E onde me levavam os passos

Ver-te passar a correr
Pelo vidro da mercearia
Não ter coragem para dizer
A vontade que trazia

Anda em mão acompanhada
Pela a desgraça a felicidade
Mas se fosse muito fácil,
Teria o amor a mesma graça?

Sou um romântico assumo
Por isso deu mais gozo assim
Trazer o teu coração
Bem para dentro de mim

Sem saber o que esperar
Não liguei aos conselhos
Os sábios que nunca amaram
Estão sozinhos e morrem velhos

20060919

No teatro



De mãos dadas ou
Olhos nos olhos.
Corpo no palco
Aberto aos sonhos.

Hoje és ladrão,
Crente na fé.
Amanhã doente
Morres de pé.

És quem quiseres…
Mas não és tu a mandar;
Emprestas o corpo
Mas é a alma a falar.

O foco das luzes,
Até perder de vista,
No meio do palco…
Que bom ser artista!

Das palmas que ouves
Sai o calor.
Não há nada melhor
Que ser um actor.

As palmas que ouves…
As pessoas que vês…
As emoções que sentes…

É a voz da alma a representar
No palco, livre…a sonhar.

20060918

Quarto



O quarto da gente
Tem livros que já ninguém lê
Que quando éramos crianças
Nos fizeram adormecer

Tem a almofada conselheira
E os ouvidos das paredes
Os bonecos heróis de acção
Que apareciam na televisão

A cama onde adormecemos
Sonhando com a realidade e
Onde acordamos
Cheios de vontade

Para um dia
Mais um dia
Em que tu vais
Escolher o que aprender

Dia a dia
Mais um dia
Em que pensas
No que podes vir a ser

E no quarto da gente
Mesmo ao lado do violão
Com histórias para contar
A roupa arrumada no chão

As gavetas que não fecham
As colecções de toda a vida
O dicionário aberto
A procura da palavra perdida

20060914

Momentos III

Hoje não vou deixar poesia.
Este é um post com motivos
um post para alertar:
"Vejam lá esses perigos"

"Cuidado com o multibanco"
eu aqui deixo o aviso
e quem não sabe identificar
leia antes de ser preciso

Até para a semana ;)

20060913

Se esta noite vieres

Se esta noite vieres devagar
e eu puder ouvir os teus passos
e se for capaz de sentir um coração bater
irei duvidar se é o teu ou o meu

Se esta noite me vieres acordar
e eu puder sentir o teu beijo
vou fingir dormir, para me beijares mais
e eu duvidar se somos dois ou apenas um
----------------------------------------
E se esta noite vieste e eu não fiz nada disto?
Vou acordar e ver que tudo foi um sonho?
------------------------------------------

Por favor se esta noite vieres…deixa um bilhete
que eu vou acordar de manhã e…
…dispo o cansaço...e dispo o sonho
E vou procurar por ti
Para te olhar um pouco
Como se fosse sempre


Foi escrito a 14 Março 2005,mas gosto dele...

20060909

Sonhos a cores


Hoje vou,
como antes, sonhar a preto e branco.
Tu trouxeste cor aos meus sonhos,
quando chegaste.
Mas esta noite vou voltar a ter sonhos a negro e claro
...e espero que apareças no meu sonho,
que que tragas o "para sempre"
para juntar ao "amor".
Vamos misturar-nos e fazer a nossa cor.
Depois pintamo-nos de "amor para sempre".
...tudo o resto pode ficar a preto e branco.

20060908

Amanhã





Vi na TV que o mundo acaba amanhã
E eu sem sinal de ti
Tenho tantos planos, que não vão acontecer
Porque o mundo acaba amanhã…

Vi na TV que o mundo acaba amanhã
Hoje acabou o nosso amor
Não dei por nada, estava ainda a dormir
E agora? O que vou fazer

Vou-te roubar, o mundo acaba amanhã
Vou querer fazer contigo
Tudo o que ainda não tive coragem
e Amanhã será tarde demais


Não tive a noção do tempo passar
Quando eu estava contigo
A razão e a justiça são cegas
Mas isso amanhã já vai mudar

Não te roubei, o mundo acaba amanhã
Não quis fazer contigo
O que ainda não tido coragem
e Amanhã é tarde demais

Li no jornal que o mundo acaba amanhã
Mas não faz mal
Hoje acabou o nosso amor
E para mim o mundo não pode ficar pior

20060906

CHALENGE



NÃO TO COM MUITO TEMPO POR ISSO AQUI ESTÁ A RESPOSTA AO DESAFIO LANÇADO PELA bad-lolita ESPERO QUE SEJA DO AGRADO.O DESAFIO CONSISTIA EM ESCOLHER 6 TAGS QUE ME DEFINISSEM,QUE MOSTRASSEM O "OU(T)RO LADO" DE MIM :)

AGORA...ATENÇÃO:

* Cherry Blossom Girl
* cat
* happiness...moreorless
* Zofia
* Catia
* mari...


...EU VOS DESAFIO :)

20060905

Auto-Retrato




Tenho ideias, sonhos, emoções
tudo vivo em todas as ocasiões.
Penso que nem todos me conheçam,
mas podem tentar, não esqueçam.
Falo, leio, vejo mas também sou ouvinte
do que fala mal e do mais experiente.
Ouço o que sabe e o quer aprender,
pois, por falar bem, pode nada dizer.
Gosto do que tem, um sorriso constante
Pode não saber falar mas pensar importante.
Penso diferente nem a mim me conheço e
a quem quiser tentar, agradeço o apreço.
Vivo cada dia a preparar o seguinte,
resolvo problemas a quem o consente.
à pessoa ocupada e à carente.
Sou o que sou, nada há a dizer
Se querem saber mais venham-me conhecer!


Como não tive ainda muito tempo para o desafio da Bad-L, deixo aqui este aperitivo.Espero que gostem...como isto é um Auto-Retrato achei por bem ter posto na imagem uma pequena parte de mim

20060903

Significado do Sinal





De volta ao meu quarto de Hotel,
às paredes forradas a papel colorido
sujo demais, de gozo a mais

De volta ao meu paraíso privado,
com o choro abafado
por me parecer, que o caminho é
agora longo demais.

De volta ao meu mundo real
sem ti para me dar moral,
sozinho sem saber, para que lado me virar
se estes passos que dou agora, são normais?!

Para ser capaz de chegar
ao quarto de Hotel (que é a minha imagem)
devo sair em que paragem?
Devo soltar a minha coragem?

O segredo é compreender,
perceber o significado do sinal,
para impedir que faças mal…

Quem foi que disse
que um sinal é de fácil julgamento
nunca passou por este sofrimento
e eu não sei se aguento… viver sem ti.
Aceito as minhas culpas
mas não este sofrimento
E não aguento mais… viver sem ti


Este é dos meus preferidos,tal como este ...tanto que compus (dentro do meu conhecimento) um blues para esta letra.

20060901

Por mais que te esforces





Até o H2O mais puro
Me embebeda a alma
E me faz ficar vaidoso no fim
Eu ouso fazer de mim
Metamorfose do feixe de luz
Que atravessa a folha branca
Onde pinto por palavras
O que quero que sejas para mim

Porque nem o luar
Consegue ser dia
Por mais que se esforce
Porque nem tu consegues
Ser tua
Por mais que te esforces

Porque a nuvem de fumo que tapa o Sol
Não faz do dia, noite
Por mais que se esforce
E porque eu ouso cantar
E dizer por palavras
Como quero que sejas para mim

Tempos Antigos




Esta noite quando eu adormecer
Depois de pausas em muitos cafés
Diz-me o que queres fazer
Agarra-me, beija-me ou talvez...

…talvez me faças sentir especial
Apenas uma única vez
Enquanto dura o meu sono virtual
Agarra-me, beija-me outra vez

Rasga-me com gestos tranquilos
Que não me impeçam de olhar.
Não me lembres de tempos antigos
Que hoje eu não quero lembrar

Se existiu outro alguém
Como tu
E não houve outro alguém
Como eu?
Que pudesse cuidar de ti
Oh amor meu
Que se deixasse prender por ti
Como eu deixei?

20060823

Feelings Box



Guardei neste verso o teu beijo,
guardei e fiz rimar com desejo.
Para parecer mais real
e não ser, mais, um poema banal.
Senti aqui e ali o perfume,
do quente, saído agora do lume
Guardei o frasco dentro do peito
para ficar mesmo ao jeito
de te dar, tudo dentro de uma caixa
das que fizeste, para o quarto das crianças
mas não vi ninguém que me desse lições.
Vai assim embrulhado nas paixões
...com dois beijos de batom,
duas notas de bom tom
e o verso em que guardei o teu beijo
e o poema que fiz rimar com desejo.

20060816

Espera



Há gente que fica e encosta
O corpo à parede
E outros que tentam seguir
Sempre na frente
Há gente que espera na dúvida
Entre o ir e viver
E outros que vão duvidando
De sempre viver
Há os que se encostam
E os que deixam passar
Há os que vão atrás
Mas não o vão agarrar

Fica para hoje
Já o tinha dito ontem
Fá-lo-ei amanhã

Esperar, esperar, esperar
Esperarei…
Quando a alma explodir
À espera morrerei

20060807

Sou eu…no lado avesso do teu peito



Sou tua noite
O teu sonho
Se não quiseres acordar
Sou todo o contrário do teu silêncio
Sou teu caminho
O teu transporte
Que te leva onde queres
Que trata de ti com todo o jeito
Sou tua corda de guitarra
Tua nota, melodia
Sou o que está no lado avesso do teu peito

Sou a palavra
Que o vento leva
E que tu esperas ouvir
O lençol que te aconchega o leito
A concha do teu mar
O ar que tu respiras
Sou o que está no lado avesso do teu peito
Sou eu que faço a magia
Que te faz acreditar
Que tudo à tua volta é tão perfeito
A fronteira que não deixa
O mal chegar a ti
Quero ficar no lado avesso do teu peito

Sou teu porto de abrigo
Dos problemas inventados
O verso da história de amor
Que houve em tempos passados
(O verso de cada história de amor)

20060806

Fora de mão


Fora de mão com a vida
Há muitas que não queriam
Mas aceitaram em troca de comida

O chulo do patrão com promessas no papel
Que se rasga num segundo
E as obriga a saborear o fel

Marias e “Manéis”
Uns a dar
Outros à procura
Em troca de alguns “réis”
2egundos de loucura

Chamam-lhes mulheres da vida, prostitutas
Passaram a ser escolhidas
Tal como no mercado das frutas

Algumas têm sorte, raridade
Passam a ser só suas
Em total exclusividade

Marias e “Manéis”
Uns a dar
Outros à procura
Em troca de alguns “réis”
2egundos de loucura

20060724

Anos 70


A meia-luz
Das boites clandestinas
Onde o engate acontecia e durava atrás de cortinas

O cheiro a mofo
Que o tempo trás consigo
Não perdoa…invade todo o secreto abrigo

Os azares da vida
Não te deixaram amar ninguém
O álcool vicia e não te deixa lembrar de mais ninguém

Se não tens companhia
Às 2 da manhã
Larga o copo e vai-te embora
Enquanto consegues caminhar sozinho

Tantas noites de branco sozinho
Deram-te alguma lucidez
Só bêbados resistem até tão tarde
…porque não se lembram do caminho

As paredes do bar
Com tinta já fora do prazo
Que não ousas mudar porque causa embaraço

Os quadros a óleo
Cobertos de pó
Que criticam o quotidiano burguês sem honra nem dó