20061016

Nao tenho sabor,
ela entra toca-me,
enrola e enrola,
desce e faz-me bem.
Mas nao a sinto.

Engasga-me,
deixa-me sem ar;
e o ar sem palavras;
e as palavras mudas,
que mudam sem sabor.

Nao tenho saber e
so me sabe a nada,a po´ e
`aquele po´, cheio de nada

A nada sabe
e nem eu sei.

Nao tenho sabor
e nem quero saber;