20070201

original aqui




Viro-me para o lado
Puxo, de novo as orelhas,
Para tapar as minhas.
Sinto ainda o frio.
Que desnorte sulista.
Frio nos pés
E frio no coração do peito.
E firo de dor o castigo.
Que tal chegares?
Para ficar
E não como quem chega,
Para partir.

Sabes, não me quero virar sozinho.
Não quero o frio nem o ferir.
Quero ter pesadelos interrompidos
Por abraço e aconchegos.
E transformados, em sonhos lindos,
Por sorrisos.