20070910

No tecido laranja, quase passava despercebida, não fosse a pele intensamente bronzeada em permanência. No cabelo, tinha as ondas do Tejo, que corria mesmo ao lado, que espelhava as luzes que queriam ser as estrelas do céu que acabava no tecto da carruagem.O contraste azul e branco das paredes que acabavam envidraçadas, quase reflectia a luz dos seus olhos.

Algo impossível.


O olhar dela tem o segredo que faz com que o reflexo não a reflita mas me faça reflectir, tem o segredo partilhado pelo pato que não faz eco ao gritar.
No brilho, leva de braço dado o sorriso contagiante da alegria dos artistas que partilham palcos de sonhos em cortinas de pano que os deixam passar...

São palavras descomplexas bem simples de entender que contam a história da Joana....À janela do comboio.Sem perceber desconfiando que cinco filas de bancos à frente alguém a caracterizava para passar (bem) o tempo