Não me apetece escrever.
Vou pousar a caneta em cima do papel e deixa-los conversar.
Entendam-se.
Hoje não contem comigo.
Não estou para ninguém.
Consigo ouvi-los, em amena cavaqueira e a olhar-me de esguelha.
Se calhar devia tê-los separado…
…posto a tampa no bico dela,
ateado o escuro e extinto a luz.
A minha nenhuma vontade de escrever,
deu lugar a uma revolta,
a uma revolução, um motim?
O que uma não vontade pode fazer, já viste?
Tenho de fazer alguma coisa.
Não posso ficar calado.
Eu sou assim.
Quando me dói, queixo-me e respondo de volta.
Vou-lhes dizer as coisas pela frente e sair por cima.
Eu cá, não sou de comer e calar, em matéria de provocações.
Eles pensam que são alguma coisa, sem as minhas indicações?
Não se vão ficar a rir…
Afinal vou escrever…não porque me apeteça,
mas só para mostrar quem manda, afinal.
Vou castigar o papel e a caneta... vou-lhes fazer mal.
Vou escrever em Braille…só para começar!